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Luís Flavio: a arma secreta do Flu fora de campo

Publicado em 29/06/2010 ás 09:55:52

 

Jucilene Martins

Durante os jogos, o auxiliar técnico Luís Flávio observa o adversário e através de um ponto eletrônico passa informações ao treinador Ubirajara Veiga 

 

O Fluminense de Feira faz uma boa campanha no Campeonato do Nordeste, com um aproveitamento de quase 60%. Além do bom grupo na mão, o treinador Ubirajara Veiga dispõe de uma arma secreta que tem sido fatal para os adversários: o auxiliar-técnico Luís Flávio, que muitas vezes passa desapercebido aos olhos da torcida, mas faz um trabalho importantíssimo de coletar dados, informações e estudar os adversários para que o Touro do Sertão entre em campo com um esquema eficaz para obter bons resultados.

Paulista, da cidade de Itápolis, Luís Flávio é o mais novo integrante da comissão técnica de Ubirajara Veiga, há quem conhece há aproximadamente 18 anos, mas que somente agora está tendo a sua primeira oportunidade efetiva de trabalhar nos gramados como auxiliar técnico. “É um trabalho duro, que começa antes de todos e não tem hora para terminar. Normalmente auxilio os treinos específicos de posicionamento, além de outras atividades, como coletar informações acompanhar os nossos adversários, saber quem são seus jogadores, o esquema tático, para que o treinador possa colocar em campo um esquema que neutralize as ações adversárias e ganhe os jogos”, explica.

Mas o trabalho de Luís Flávio não para por aí: durante as partidas, de um local estratégico, ele observa o jogo e vai passando informações – através de um ponto eletrônico - para o treinador Ubirajara Veiga. “Com a visão mais privilegiada, posso notar falhas do adversário e passo para o “professor”, que automaticamente repassa aos atletas à beira do campo. Ás vezes, dependendo da situação de jogo, posso até sugerir substituições, mas sabendo que a palavra final é do técnico”, enfatiza. 

A perfeita sintonia entre técnico e auxiliar é refletida nos resultados obtidos dentro de  campo. “Conheci o Ubirajara ainda quando tentava emplacar como jogador e o indiquei, junto com outras pessoas, para trabalhar no Oeste – clube da minha cidade – e depois acompanhei a sua trajetória em outros clubes, onde obteve títulos. Agora, como ele necessitava de um auxiliar, convidou-me para vir para cá, onde estou satisfeito porque é um clube bom de trabalhar e uma ‘vitrine’ para qualquer um, em virtude da sua história e tradição”, enaltece.

Para o auxiliar-técnico, o Fluminense tem tudo para fazer uma grande campanha na Copa Nordeste. “O time começou bem e está trilhando um bom caminho. Se continuarmos com o mesmo desempenho, poderemos ficar entre os quatro primeiros e passar para fase semifinal, que é o nosso grande objetivo”, afirma. E ainda completa: “Tudo será perfeito se conseguirmos o acesso para a Série C, no campeonato brasileiro”.

 

SONHO

Aos 40 anos, Luís Flávio deixou a sua cidade para correr atrás de um sonho: ser técnico de futebol. “Sempre gostei do esporte e busquei ao longo do tempo transformar a minha vida num vasto aprendizado. Como jogador fui um zagueiro ruim, e por isso logo cedo deixei os gramados para buscar o meu sonho de ser treinador. Treinei categorias inferiores do Oeste de Itápolis, também fui treinador de Futebol de Salão por 15 anos e agora efetivamente estou tendo a minha primeira grande oportunidade como auxiliar de campo”, conta.

Com vários cursos, dentre eles: Psicologia Aplicada ao Esporte, Marketing Esportivo, Administração de Empresas com ênfase em Gestão Esportiva, Luís Flávio conta com orgulho as experiências que teve. “Foram experiências maravilhosas, assim como também foi importantíssimo a oportunidade de estagiar no Pão de Açúcar e no São Paulo, nas categorias de base e profissional, fazer um Curso Intensivo com Wanderlei Luxemburgo, a quem considero um dos melhores do Brasil. Ser treinador hoje é o meu maior objetivo e estou trabalhando firme, buscando aprimorar-me cada vez mais para um dia alcançar o meu intuito. Mas, independente de qualquer situação quero continuar passando para todos um pouco do meu conhecimento e da minha experiência, não só de futebol, mas principalmente de vida”, afirma Luís Flávio. Para finalizar completa: “O futebol é uma ferramenta poderosa para agregar valores sociais às camadas sociais mais carentes. Estou sabendo que o Fluminense tem uma idéia maravilhosa de apoiar jovens carentes, e assim melhorar a qualidade de vida dos mesmos e respectivamente de suas famílias. Podem contar comigo nessa “empreitada do bem”, finaliza.