Companheira de Segundo Peleteiro Rajo há mais de 40 anos, Raquel não titubeou em afirmar que o “Fluminense é a nossa vida”. Sempre ao lado do marido, ela acompanhou toda a luta de Segundo Peleteiro, que mesmo com dificuldades de locomoção agravadas pelo diabetes, fazia questão de estar presente em jogos, reuniões do Conselho Deliberativo e se sentia feliz em continuar vivendo as coisas do seu clube de coração. 

 

“Nós, até mesmo por conta da idade e da doença dele, não saíamos mais, não tínhamos outro divertimento a não ser ao Joia, ou mesmo em outras cidades, quando Segundo ainda tinha condições para acompanhar nosso  Fluminense, vibrar com os gols e também sofrer com momentos de turbulência por conta dos desmandos administrativos”, conta Raquel.

 

Mais do que jogos e reuniões, muitas conversas do casal giravam em torno do Fluminense. “A gente conversava, falava a respeito do time, os jogadores, as histórias da diretoria. A última conversa mesmo foi sobre a derrota de Jequié porque todo mundo que esteve disse que o Fluminense tinha mais time e perdeu. Me lembro que ele ficou tão chateado que nem quis falar sobre o assunto”, conta Raquel. 

 

Emocionada, Raquel agradeceu a todas as manifestações de carinho da imprensa e da torcida do Fluminense a Segundo Peleteiro Rajo. “Hoje muita gente está aqui e isso é uma prova do carinho que ele tinha de todos, mas o interessante é que todas estas pessoas sempre estiveram conosco, seja em nossa casa, seja no estádio ou em qualquer lugar. De forma que fico muito agradecida e com certeza, onde ele estiver estará muito feliz”, afirmou.