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Peleteiro e Fluminense: um caso de amor de mais de 50 anos

Publicado em 20/05/2015 ás 12:21:47


Gleidson Santos/Folha do Estado 
Mesmo sem estar no melhor estado de saúde, Peleteiro sempre acompanhou e vibrou muito com o seu Fluminense 
 
Segundo Peleteiro Rajó era espanhol de nascimento, porém há mais de 50 anos estava estabelecido em Feira de Santana, onde atuava como empresário no ramo imobiliário. Entretanto a sua paixão pelo futebol era tão grande que o fez se aproximar do Fluminense  e deixar de lado a torcida pelo Galícia, para dedicar todo o seu amor ao Touro do Sertão. 
 
Peleteiro atuou como dirigente esportivo por mais de 30 anos ocupando diversos cargos dentro do Fluminense. A maior parte da sua atuação como como diretor de futebol, responsável por armar boas equipes que representavam bem a cidade em competições estaduais e nacionais.
Com o Touro do Sertão cortou o Brasil de Norte a Sul participando de competições importantes como Campeonato Brasileiro e a Copa do Brasil. Viu o Fluminense em 1998 cair para a 2ª divisão, mas junto com outros dirigentes trabalhou muito para no ano seguinte dar o vice-campeonato estadual ao tricolor feirense e a sua volta a elite baiana em 2000, quando deixou de estar na linha de frente do tricolor feirense. Naquela oportunidade foi presidente do Conselho Deliberativo, cargo mais alto que ocupou dentro do clube. 
 
Com problemas de saúde, agravados por um diabetes, Segundo Peleiro Rajó chegou a ter uma das pernas amputada, mas mesmo com dificuldades, ele nunca deixou de estar ao lado do clube que tanto amou. Não perdia um jogo sequer e sempre esteve acompanhado da sua esposa Raquel, torcedora fanática do Fluminense. 
 
Embora não estivesse mais na linha de frente, Peleteiro sempre esteve presente na vida do clube, não só acompanhando os jogos, mas participando ativamente das reuniões, principalmente do Conselho Deliberativo. Era homem de opinião e sempre estava interagindo com os dirigentes, que o procuravam para pedir orientações e conselhos sobre o clube. 
 
Sua ausência foi notada na partida diante do Grapiúna, quando o time venceu por 2 x 1 e chegou aos nove pontos na 2ª divisão baiana. O seu estado de saúde se agravou, ele não resistiu vindo a falecer na manhã de hoje aos 83 anos. O velório está acontecendo na capela do Hospital Dom Pedro de Alcântara e o sepultamento vai ocorrer no Cemitério Jardim Celestial, no bairro SIM.