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Audincia debate o fortalecimento do futebol baiano

Publicado em 25/03/2015 ás 18:39:06

 
Ascom/ALBA
O assunto foi discutido por deputados e desportistas na Assembleia Legislativa
 
Fortalecer o futebol da Bahia é um desafio imenso. Clubes endividados, gramados sem condições de receber jogos,  torcedores cada vez mais longe dos estádios e a dupla Bahia e Vitória na segunda divisão nacional são apenas alguns dos problemas que existem e foram debatidos, na manhã de ontem, na Assembleia Legislativa, em audiência pública promovida pela nova Comissão de Desporto, Paradesporto e Lazer. 
O evento foi coordenada pelo deputado Bobô (PC do B), presidente do colegiado, e teve a presença de dirigentes de entidades, presidentes de clubes e de órgãos públicos ligados ao futebol e ao esporte de uma forma geral , além de ex-jogadores. No total, 26 dos 63 deputados da Assembleia (mais de um terço da Casa) participaram da audiência, realizada nas salas das comissões, o que demonstra a importância que o futebol baiano tem para os parlamentares e para a população da Bahia. 
Após quase quatro horas de debates, a audiência  terminou com um saldo positivo na avaliação de Bobô. “O futebol não é só um negócio, está na entranha das pessoas,  socializa, mas também é um negócio, que gera empregos e atividade econômica para o estado. Por isso, a importância desse encontro que teve a presença significativa de parlamentares e dos representantes dos segmentos ligados ao esporte”, afirmou Bobô. 
 
AUDIÊNCIAS 
O presidente da comissão pretende realizar pelo menos mais uma audiência pública sobre o futebol baiano este ano, além de encontros itinerantes pelo interior do estado. “A missão dessa comissão é fazer com que não só o futebol mas o esporte como um todo deixe de ser política de governo para se tornar política de Estado”, reafirmou Bobô. 
Coube ao presidente da Federação Bahiana de Futebol, Ednaldo Rodrigues, abrir e fechar a audiência pública de ontem. “O 25 de março vai ficar marcado como um momento da união não só de quem faz o futebol, organiza o futebol e pratica o futebol, mas dos deputados,  autênticos representantes nossos, e que através dos projetos de leis podem fazer a Bahia a voltar a ter destaque no cenário nacional”. 
De acordo com Ednaldo, o desafio não é só ver a dupla Ba-Vi de volta à primeira divisão do campeonato nacional. Para ele, também é importante que clubes do interior participem das séries intermediárias, como o Jacuipense e Vitória da Conquista que estão na série D, e possam fazer isso com competitividade. “Seria muito positivo para todos que esses clubes pudessem avançar, subindo para outras séries e, quem sabe, chegando a elite do futebol brasileiro. Mas isso só será possível quando a estrutura do estádios melhorar e esses clubes possam jogar em seus municípios”, acredita ele. 
I
 
NTERIOR 
Esse sonho para o futebol baiano já é uma realidade em Santa Catarina como observou, no encontro, o deputado Pastor Manassés (PSB), vice-presidente da Comissão de Desportos e presidente do Jacobina Esporte Clube. Ele lembrou que o estado do Sul do país tem quatro times na Série A do futebol brasileiro (Avaí, Joinville, Chapecoense e Figueirense) e um na Série B (Criciúma). E acrescentou que três desses times são do interior  catarinense.  “Todos ganham com isso. Os municípios arrecadam, os jornais vendem mais, os hotéis ficam lotados”, citou Manassés dando outro exemplo do benefício que isso pode trazer, sobretudo para as pequenas cidades. “Os jogadores ganham bem e gastam na cidade. Sem falar que, muitas vezes eles e seus familiares gostam da cidade e eles fazem investimentos nelas”, disse ele, para quem o futebol baiano também pode se tornar um bom negócio. “Mas, hoje, está falido”. 
Que o diga o deputado Roberto Carlos (PDT), que também é presidente da Sociedades Desportiva Juazeirense, time classificado para semifinal do campeonato baiano deste ano. “A maioria dos presidentes de clubes hoje é assaltante da família. Eles tiram da própria família para botar no futebol e não é justo fazer isso. Hoje, por exemplo Emerson (Emerson Ferreti, presidente do Ypiranga e ex-goleiro) tira do próprio bolso para dar alegria à torcida”, lamentou ele. 
Para Roberto Carlos, é necessário primeiro se cobrar dos municípios melhorias nos estádios de futebol. “Hoje, os clubes pagam pelo campo, pagam até o gandula, e ainda tem que recolher de 5 a 10% de INSS para os municípios, que também precisam assumir alguma responsabilidade. O deputado sugeriu que o líder do governo, deputado Zé Neto (PT), faça a intermediação de uma reunião dos presidentes de clube com o governador Rui Costa. “Precisamos cobrar do governo uma resposta para melhorar o futebol na Bahia”. 
O Fluminense esteve representado nesta audiência pública pelo seu presidente executivo, Gerinaldo Costa.